O estilo de vida e determinados hábitos das mulheres podem influenciar, negativamente, a preservação da fertilidade. Além de a idade ser responsável pela diminuição natural na quantidade de óvulos, fatores como fumo, obesidade, consumo excessivo de bebidas alcoólicas, sedentarismo e, claro, a alimentação diária podem prejudicar a fertilidade feminina.
No caso do fumo, os produtos tóxicos e cancerígenos presentes no cigarro – cianeto e nicotina, entre outros – podem chegar ao ovário da mulher, prejudicando a qualidade dos óvulos e, em muitos casos, a perda deles. Estudos já demonstraram que mulheres fumantes têm menos chances de engravidar naturalmente ou com algum tratamento de reprodução assistida do que mulheres que não fumam.
Outro fator prejudicial à fertilidade da mulher, a obesidade prejudica a qualidade do óvulo ainda no ovário. Consequentemente, isso pode influenciar, negativamente, as taxas de gestação das mulheres com o índice de massa corporal (IMC) acima do recomendado. No tratamento de fertilização in vitro (FIV), por exemplo, as chances de sucesso serão menores em mulheres com sobrepeso e obesidade do que em mulheres com peso ideal.
As bebidas alcoólicas devem ser evitadas ou consumidas moderadamente. Recomenda-se, no máximo, o consumo de três unidades de bebida por semana. O consumo em excesso de bebidas alcoólicas, além de diminuir a fertilidade feminina, pode ocasionar um maior número de abortamentos. Segundo pesquisas, filhos homens de mulheres usuários de bebida alcoólica na gestação apresentavam menor quantidade de espermatozoides.
O sedentarismo também não faz bem à fertilidade da mulher. Por isso, a prática de exercícios físicos, de forma moderada, é recomendada. Os benefícios são inúmeros: a perda de peso, que contribui para que a mulher fique com o peso ideal; a manutenção da glicemia adequada (a quantidade de açúcar no sangue); e nos níveis dos hormônios no sangue, como os da tireoide. Mas a atividade física não pode ser intensa: estudos já revelaram que mulheres atletas ou que fazem treinamentos com muita intensidade podem apresentar dificuldade para engravidar.
Sobre a alimentação diária, alimentos com gordura trans, por exemplo, aumentam os distúrbios da ovulação, o que reduz as chances de uma gravidez natural. Já alimentos ricos em vitamina D (peixes, frutos do mar e ovos) auxiliam na preservação da fertilidade, enquanto alimentos ricos em vitamina A (fígado, gema de ovo, óleos de peixes e vegetais) favorecem o momento da implantação do embrião no útero.