A falência ovariana precoce (FOP) consiste na perda da função ovariana antes dos 40 anos de idade. Os hormônios femininos deixam de ser produzidos e, consequentemente, impedem a liberação de óvulos pelos ovários, prejudicando uma gestação bem-sucedida. Além disso, a FOP pode favorecer o surgimento de problemas cardiovasculares e de osteoporose.

Segundo estimativas, entre 250 mulheres com 35 anos, uma será acometida pela FOP. Na maioria dos casos, a suspeita do problema se dá a partir da irregularidade menstrual, ondas de calor da menopausa, dificuldade para dormir e atrofia genital, que pode provocar dor durante as relações sexuais. Mas algumas pacientes com FOP podem ovular e, em até 10% dos casos, engravidar de forma espontânea mantendo a menstruação.

A causa do problema é desconhecida na maioria dos pacientes (de 74 a 90% dos casos). Mas estudos destacam que a FOP pode ter causas genéticas, tóxicas (quimioterapia, por exemplo) e autoimunes, entre outras. Trata-se de um diagnóstico difícil às mulheres, pois ele acarreta frustrações. Por isso, é necessário que médico e parceiro apoiem a mulher. No caso do médico, o aconselhamento é essencial para que a paciente saiba que não está sozinha e que há opções de tratamento para o problema.