No Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado nesta sexta-feira, 29, a conscientização sobre os males do tabagismo – comprovados em pesquisas realizadas nos últimos anos – cresce. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o fumo causa mais de 200 mil mortes por ano no Brasil, sendo as principais enfermidades causadas pelo cigarro as doenças respiratórias e cardiovasculares – em muitos casos, as vítimas são só fumantes passivos.
Além desses problemas de saúde, o tabagismo também pode prejudicar a fertilidade de homens e mulheres. No homem, o cigarro e os seus compostos pioram os parâmetros de análise do sêmen e as provas funcionais dos espermatozoides. Isso significa que a qualidade e a quantidade dessas células são diminuídas com o cigarro, principalmente se a pessoas é uma fumante.
Em relação à mulher, o cigarro pode elevar o risco de abortamento e de uma gravidez ectópica (gestação fora da cavidade uterina). E pode reduzir a motilidade tubária, dificultando a passagem do espermatozoide para efetuar a fecundação. Também pode acontecer uma antecipação da menopausa.
Um estudo do Hospital do Câncer A.C. Camargo, de São Paulo, revelou que, psicologicamente, o tabaco gera nas mulheres efeitos mais intensos do que em relação aos homens. A partir de uma amostragem de 6 mil pacientes do Grupo de Apoio ao Tabagista do hospital paulista, o estudo verificou que as mulheres podem ter um aumento da taxa de infertilidade e alterações menstruais. Além disso, têm mais problemas para largar o vício e se tornam mais dependentes.