O pequeno Xavier foi gerado por uma fertilização in vitro com o esperma que seu pai produziu há duas décadas
Aos 15 anos de idade, o australiano Alex Powell não pensava na paternidade. Tampouco tinha as preocupações comuns da juventude, já que nesta mesma idade ele recebeu o diagnóstico do Linfoma de Hodgkin (câncer que se origina nos gânglios do sistema linfático).Segundo os médicos, Alex deveria começar a quimioterapia imediatamente. No entanto, sua madrasta, Patrícia, temia que o tratamento pudesse deixá-lo infértil para o resto de sua vida. Ela então propôs que Alex congelasse seus espermatozoides. Assim, no futuro, ele poderia ter um filho.
Xavier Powell, concebido a partir da fertilização in vitro de um esperma de mais de vinte anos de idade
Com o tempo, Alex se curou do câncer. Duas décadas após a decisão de congelar os espermatozoides, ele conheceu Vi Nguyen, sua atual esposa. A dupla se casou em 2013 e decidiu começar uma família, o que os levou a visitar o banco de espermas. Alex e Vi tentaram conceber um bebê a partir da fertilização in vitro durante um ano. Em 2014, um dos espermatozoides de 23 anos de idade funcionou perfeitamente e fecundou o óvulo de Vi. Esse foi o esperma mais antigo da história a ser utilizado para gerar uma criança através do método de fertilização in vitro.
O casal ganhou um certificado do Guinness pelo espermatozoide de Alex ser o mais antigo durante uma bem-sucedida fertilização in vitro
Em junho de 2015, Xavier Powell nasceu. “Quando o meu pai entrou no quarto [do hospital], eu olhei para ele e olhei para meu filho e eu disse ‘pai, quero te apresentar ao meu filho’. Esse foi um dos momentos mais especiais pra mim”, contou Alex ao programa 60 minutes, do Channel Nine.
Fotos: Reprodução / Channel Nine’s 60 Minutes
Fonte: Revista Crescer