Cientistas da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, e da Universidade de Pequim, na China, concluíram, após estudo, que o mapeamento genético de óvulos fertilizados pode duplicar as chances de êxito em fertilizações in vitro. O resultado da pesquisa foi publicado em dezembro de 2013, no periódico Cell.
A fertilização in vitro é uma técnica que ajuda casais com dificuldades para ter filhos biológicos. O óvulo da mulher e o esperma do homem são fertilizados em laboratório, para depois serem implantados no útero feminino. A identificação de quais óvulos fertilizados são os mais saudáveis é o desafio do tratamento.
Comumente, especialistas em reprodução humana retiram células do embrião (em desenvolvimento) para análises. Na maioria das vezes não são detectados problemas genéticos no embrião: fato que pode reduzir as chances de uma gravidez bem-sucedida. Mas uma nova técnica é capaz de ajudar a detectar.
O novo método, criado pelos cientistas das universidades americana e chinesa, analisa substâncias conhecidas como “glóbulos polares” (fragmentos de células dos embriões) e realiza um mapeamento genético completo, capaz de ajudar a detectar casos de problemas genéticos do embrião e riscos de aborto natural.
Na teoria, se o método funcionar, o índice de sucesso da tecnologia de bebês de proveta é dobrado – de 30% para 60% ou mais. Para este estudo, 70 óvulos fertilizados in vitro foram analisados. A técnica pode favorecer mulheres que já tiveram casos de gravidez malsucedida e querem tentar novamente ter filhos.