A relação entre sexo e gravidez fez surgir mitos. Um mito, por exemplo, trata sobre a existência de determinadas posições sexuais que favorecem ou reduzem as possibilidades de fecundação. De acordo com especialistas, não há dados científicos que comprovem a influência da posição sexual nas chances de gravidez. O que se aconselha, mais do que as posições sexuais, é que homem se abstenha de relações sexuais entre quatro e cinco dias para que a concentração de espermatozoides seja maior e que a relação ocorra nos dias de maior fertilidade da mulher.
Além disso, muitos especialistas recomendam que as mulheres que desejam engravidar permaneçam deitadas de barriga para cima por 10 a 15 minutos após a relação sexual, pois esse repouso pode permitir que a gravidade ajude os espermatozoides no caminho até as tubas uterinas, onde devem se encontrar com o óvulo para que a concepção ocorra. Porém, há médicos que discordam, pois não há nenhum estudo científico que comprove que as mulheres que permanecem deitadas ou com as pernas para cima após o ato sexual têm mais chances de ficar grávidas.
Os médicos alegam ainda que os espermatozoides possuem mobilidade própria e independem da gravidade. Dessa forma, manter relações de pé, por exemplo, e depois seguir nessa posição não reduziria as chances de que os espermatozoides alcancem a região das trompas, nem as chances de gravidez seriam reduzidas. O importante é a concentração de espermatozoides com mobilidade progressiva no esperma e não a força da gravidade, portanto. No caso, os espermatozoides devem percorrer um caminho de cerca de 20 centímetros pelas tubas uterinas.
* De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, dentre 39 e 300 milhões de espermatozoides integram uma ejaculação normal. E menos de 10 mil chegam ao entorno do óvulo, para que um deles possa fecundá-lo.