Estudo publicado em maio no periódico The Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism (JCEM) revelou que altos níveis de colesterol podem reduzir a fertilidade de uma pessoa – homem ou mulher.
Realizada pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos e pelas universidades norte-americanas de Buffalo e Emory, a pesquisa constatou que mulheres demoram mais para engravidar se elas ou os maridos têm colesterol alto. Segundo os pesquisadores, os resultados sugerem que quem deseja ter um filho necessita ter um nível de colesterol aceitável.
Para chegar a essas conclusões, o estudo contou com a participação de 501 casais que tentavam engravidar sem tratamento, de 2005 a 2009. Todos esses casais faziam parte de um estudo que examinava a relação entre fertilidade e exposição a produtos químicos e estilo de vida. As mulheres participantes tinham de 18 a 44 anos e os homens mais de 18 anos. O acompanhamento dos participantes da pesquisa por parte dos pesquisadores perdurou até uma gravidez ou até um ano de tentativa.
Com amostras de sangue dos casais, os pesquisadores mediram o nível de colesterol livre, sem diferenciá-lo por frações como HDL e LDL, siglas conhecidas como “colesterol bom” e “colesterol ruim”, respectivamente. A tese defendida pelos pesquisadores é de que o colesterol tem relação com a fertilidade por ser utilizado na produção de hormônios sexuais, como a testosterona e o estrogênio. Os resultados obtidos mostraram que os casais que não conseguiam engravidar durante o estudo apresentavam altos níveis de colesterol que, além de elevarem os riscos de doenças cardiovasculares, reduzem as chances de um casal engravidar.