Os homens que comem carnes processadas, como bacon, presunto e salsicha, podem ter menos sucesso em tratamentos de fertilização in vitro (FIV) em relação àqueles que mantêm uma dieta que exclui esse tipo de alimento. É a conclusão de um estudo realizado por uma equipe de pesquisadores da Universidade de Harvard, que analisou os resultados da FIV de 141 homens que foram submetidos ao método no Hospital Geral Massachusetts (Estados Unidos).
Publicado no periódico científico Fertility & Sterility, o estudo buscou dados detalhados sobre a dieta alimentar dos participantes. Os resultados mostraram que a taxa de sucesso na fertilização in vitro foi 28% maior para os homens que comiam pouca carne processada em relação aos que incluíam esse tipo de alimentos na dieta do dia a dia. Estudos anteriores já comprovavam que o consumo diário de carne processada aumenta a incidência de morte precoce em 20%.
De acordo com Rebecca Sokol, presidente da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva, o estudo aponta que o tipo de carne consumida pode influenciar a capacidade de o esperma fertilizar um óvulo. No entanto, especialistas salientam que são necessárias mais pesquisas para encontrar os “mecanismos biológicos” de causa e efeito que justifiquem que o consumo elevado de carnes processadas prejudica significativamente a fertilidade masculina.