A fertilidade da mulher diminui à medida que ela envelhece. Isso ocorre porque a mulher nasce com determinado de óvulos e, a cada ciclo menstrual, há perda de algumas centenas deles. Até os 30 anos, uma mulher saudável possui uma quantidade e qualidade ovular boa e, geralmente, apresenta menos problemas para engravidar. Mas a partir dos 35 anos, a reserva ovariana da mulher passa a diminuir consideravelmente. Além da quantidade, a qualidade ovular também cai, resultando em óvulos propensos a erros na sua divisão celular, gerando embriões com alterações genéticas que impedem uma gravidez saudável.
No entanto, até mesmo no período mais fértil da mulher, alguns fatores podem afetar as chances de uma gravidez saudável. A seguir, conheça alguns destes fatores que afetam negativamente a fertilidade da mulher.
Obesidade
O metabolismo dos hormônios esteroides sexuais fica alterado nas mulheres obesas. Ovário e tecido adiposo produzem mais estrogênio e esse aumento pode provocar alterações ovulatórias. Além disso, as principais causas de infertilidade em pacientes obesas são a redução da frequência de ovulações, pior qualidade oocitária e dos embriões formados.
Magreza excessiva
A magreza excessiva, com IMC abaixo de 17kg/m², também pode prejudicar a fertilidade feminina. A falta de peso interfere na produção hormonal, reduzindo a produção de estrogênio no organismo e resultando em perturbações no ciclo menstrual e ovulatório, que causam dificuldades para engravidar.
Hipotireoidismo
O hipotireoidismo (quantidade de hormônios produzidos pela tireoide abaixo do normal) é comum em mulheres. Quando esse problema não é controlado, há a possibilidade de redução da fertilidade devido à interferência no chamado eixo hormonal hipófise-ovariano.
Muita cafeína
A cafeína em excesso pode ser prejudicial à fertilidade – e à saúde como um todo. Embora a relação entre cafeína e fertilidade careça de esclarecimentos, a recomendação é pelo consumo moderado da substância. Como a cafeína pode oferecer benefícios à saúde, recomenda-se o consumo máximo de duas xícaras de café (ou outras bebidas com cafeína) por dia.
Exposição a produtos químicos em casa
Produtos de limpeza, tintas, alimentos com corantes, solventes, esmaltes para unhas, cosméticos e tinturas – muitos deles comuns de se ter em casa – podem ser tóxicos se manuseados em excesso, acabando por afetar de forma negativa a fertilidade feminina. Os efeitos nocivos da exposição a produtos químicos tóxicos podem resultar em abortos espontâneos, malformações fetais e menstruação irregular, além da redução da fertilidade como um todo.
Doenças ginecológicas
A síndrome dos ovários policísticos, a endometriose e os miomas uterinos são doenças ginecológicas comuns que afetam diretamente a fertilidade feminina. Nestes casos, não há como preveni-las, mas o diagnóstico precoce pode amenizar os sintomas, impedir a piora do quadro e proporcionar à mulher (ao casal) um tratamento que possibilite uma gravidez saudável.
Tabagismo
O tabagismo causa uma maior taxa de infertilidade, redução da fecundidade e um aumento no tempo para concepção. Além disso, os componentes tóxicos encontrados no cigarro podem provocar a falência ovariana precoce, causando inúmeros problemas. Além da fertilidade feminina, a masculina também pode ser afetada pelo tabagismo.
DSTs
As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) podem afetar a fertilidade da mulher. No caso, interferem na resposta imunológica e inflamatória, com impactos negativos no funcionamento dos órgãos pélvicos, reduzindo, assim, a fertilidade. Evite as DSTs através do sexo seguro (com camisinha) e indo regularmente ao médico ginecologista.
Estresse
Diversos estudos já associaram o estresse à diminuição da fertilidade do casal, perdas gestacionais e piora nos resultados perinatais. Portanto, controle o seu estresse. Como? Recomenda-se uma alimentação balanceada, a realização de exercícios físicos regulares, um tempo para relaxar, dormir bem, entre outras coisas.
Muito exercício físico
Sim, exercício físico em excesso (e de forte intensidade) pode reduzir a fertilidade por gerar bloqueio no eixo hipofisário-ovariano. A endorfina liberada com a prática intensa de exercícios inibe a hipófise, comprometendo, assim, a ovulação. Isso causa uma alteração ovulatória que, por consequência, gera anovulação e ausência de menstruação.