Em populações americanas e canadenses altamente férteis do século 17 ao século 20, pesquisadores observaram que o aumento da fertilidade feminina estava associado ao aumento da sobrevida após a reprodução. Ao analisarem populações de variados países (Estados Unidos, Canadá, Finlândia, China e Israel), eles identificaram uma relação positiva entre a idade da mulher no nascimento do último filho e a longevidade materna.
Além disso, a pesquisa destaca que irmãos cujas mães deram à luz tardiamente tendem a ter durações de vida significativamente maiores, o que sugere que a relação entre fertilidade prolongada e longevidade tem um componente genético.
Mas fora o fator genético, a maior fertilidade e os nascimentos tardios podem estar associados com o fator ambiental. Ou até em uma combinação desses fatores. No caso da associação genética de maior fertilidade, nascimentos tardios e longevidade, ela pode ser demonstrada pelos perfis das mulheres que concebem espontaneamente após a idade de 45 anos. Nestas mulheres, que fogem do processo natural de envelhecimento do ovário, os pesquisadores observaram que existiam grupos de genes associados tanto à fertilidade prolongada quanto à longevidade.
Diante dessas informações, os pesquisadores concluíram que os efeitos de períodos prolongados de gravidez, produção endógena de estrogênios, gravidez tardia, parto e amamentação podem estimular os sistemas biológicos das mulheres e influenciar positivamente na saúde e sobrevida.