Para poder ter filhos, a mulher precisa de óvulos que possam crescer e madurar. Assim, um desses óvulos poderá ser fecundado por um espermatozoide para formar um embrião. Durante o processo de maturação, o óvulo deve passar por etapas de divisão reducionista (meiose). Em caso de problemas em qualquer das etapas, a mulher pode ficar estéril – cerca de 10% a 15% das mulheres têm problemas de esterilidade, originados a partir de fatores como a genética, o meio ambiente e a idade, entre outros.
Realizado pela equipe do professor Kui Liu, do Departamento de Química e Biologia Molecular, da Universidade de Gotemburgo (Suécia), um estudo com ratos geneticamente modificados descobriu que a molécula da quinase Greatwall tem influência para que os óvulos do rato fêmea possam concluir a primeira etapa e passar para a segunda etapa durante a maturação do óvulo. Quando a molécula é retirada do óvulo, todas as etapas não podem ser completadas. Como consequência, o óvulo entra em uma interconexão com a estrutura de DNA anormal e ciclos celulares problemáticos – problemas que podem ocasionar esterilidade nas mulheres, conforme o estudo.
Para o professor Kui Liu, é provável que a quinase Greatwall seja essencial no processo de maturação do óvulo humano. Por isso, a equipe de pesquisa realizará novos estudos com óvulos humanos. Por ora, o que se sabe é que a molécula é importante para a regulação do ciclo celular. “Se descobrirmos que há mulheres cujos óvulos não maduram devido às baixas concentrações de quinase Greatwall, poderemos injetar a molécula no óvulo e esperar que isso corrija o processo de maturação para a mulher ter filhos”, diz Kui Liu.
Fonte: Science Daily