Apresentado no Encontro Clínico Anual do Congresso Americano de Obstetras e Ginecologistas de 2013, um estudo mostrou que as mulheres que reduziram a ingestão de carboidratos e aumentaram o consumo de proteínas durante o seu tratamento de fertilização in vitro elevaram de modo significativo as chances de concepção e nascimento.
De acordo com os resultados, a alimentação baseada em carboidratos criaram um ambiente oócito hostil mesmo antes da implantação ou concepção. Assim, os óvulos e embriões não estará bem em um ambiente de alta glicose. Com a redução de carboidratos e o aumento de proteínas, a mulher está cuidando do óvulo de maneira saudável.
O estudo teve a participação de 120 mulheres, com 36 e 37 anos de idade e que completaram um registro alimentar de três dias. Para algumas voluntárias, a dieta diária foi composta de 60% a 70% de hidratos de carbono – comeram mingau de aveia no café da manhã, um pão no almoço e macarrão no jantar, e nenhuma proteína.
As participantes foram divididas em dois grupos: mulheres cuja dieta média era superior a 25% de proteína e mulheres cuja dieta média era inferior a 25% de proteína. Houve diferenças significativas em resposta à fertilização in vitro entre os dois grupos. O desenvolvimento de blastocisto foi maior no grupo de dieta com alta proteína do que no grupo de dieta com baixa proteína (64% contra 33,8%), assim como as taxas de gravidez clínica (66,6% contra 31,9%) e taxas de nascidos vivos (58,3% contra 11,3%).
Quando a ingestão de proteínas era superior a 25% da dieta e a de hidratos de carbono era inferior a 40%, a taxa de gravidez clínica subia para 80%. A partir disso, as pacientes de fertilização in vitro deve ser aconselhadas a reduzir sua ingestão de carboidratos e aumentar a sua ingestão de proteínas. No entanto, é importante dizer que não se trata de perder peso para engravidar, mas sobre alimentar-se de forma saudável para engravidar. Não é um programa de perda de peso, é um programa nutricional.
Outro estudo – Durante a reunião anual da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM), em 2012, um estudo revelou que pacientes de fertilização in vitro que mudaram para uma dieta de alta proteína e de baixo carboidrato, e depois passaram por outro ciclo, apresentaram um aumento nas suas taxas de formação de blastocisto de 19% para 45% e também a sua taxa de gravidez clínica, de 17% para 83%. Pacientes com síndrome do ovário policístico – que não fazem fertilização in vitro – têm melhorado as taxas de gravidez depois de fazer essa mudança alimentar.