Por Dra. Maria do Carmo
A Fertilização In Vitro são técnicas de Reprodução chamada de Assistida, ou seja, em que ajudamos os casais, com dificuldades de engravidar. As mulheres, por exemplo, que tenham as suas trompas ou tubas obstruídas por algum processo inflamatório anterior. Os homens que tenham um número de espermatozoides baixo, ou uma motilidade baixa, ou percentuais de formas normais baixo.
Então foram as condições anatômicas que levaram a indicação desta técnica. O primeiro caso nascido mundialmente foi em 1978, a Louise Brown, uma inglesa cuja mãe tinha as trompas obstruídas. Em 1992, a evolução destas técnicas levou também a utilizar outro conjunto de letrinhas ICSI – injeção intracitoplasmática de espermatozoide. Ou seja, para aqueles homens com problema maior ainda de número e de motilidade dos espermatozoides. Se pode fazer um processamento do sêmen, e se escolher um espermatozoide para cada óvulo, injetando-o diretamente.
Essas técnicas vêm evoluindo. Neste conjunto, hoje, nós temos outras possibilidades de indicações como a idade da mulher, que sabemos ser uma grande limitante. Porque os óvulos têm a idade da mulher. Assim as técnicas vão sendo associadas a outras derivações ou indicações. Podemos ter como avaliar o conteúdo genético, o conteúdo cromossomial de cada embrião. A idade da mulher faz com que esses óvulos tenham dificuldades na sinalização do que é importante na junção dos núcleos de DNA (onde estão as informações genéticas) dos óvulos e dos espermatozoides. Hoje, a FIV e a ICSI também têm outras possibilidades como a de permitir de não fazer transferência embrionária no mesmo momento em que se colhem os óvulos e que se fecundam esses óvulos com esses espermatozoides. É o chamado freeze-all, ou seja, o congelamento de todos os embriões para posteriormente se definir um melhor momento de transferência.