A Dra. Maria do Carmo explicou os riscos da gravidez em relação à COVID e falou sobre a questão do relógio biológico em participação ao Bom dia Acre
Em meio à pandemia da covid-19, o Ministério da Saúde orienta as mulheres, sempre que possível, adiar a gravidez até que haja uma melhora da situação. Isso porque, segundo a pasta, a gravidez por si só favorece a trombose, que é uma formação de coágulos no sangue, e o mesmo ocorre com a covid-19, o que pode tornar a doença ainda mais perigosa na gravidez.
Para explicar melhor esses fatores que podem agravar o quadro das mulheres durante a gravidez, o Bom dia Acre, telejornal da afiliada da TV Globo no Acre, ouviu alguns especialistas para falar sobre os riscos da covid na gestação. E o medo manifestado por muitas mulheres que estão brigando com o relógio biológico. É sabido que a partir dos 35 anos há uma queda brusca na reserva ovariana e, em consequência, um a redução da capacidade reprodutiva.
Uma das especialistas ouvidas na reportagem foi a Dra Maria do Carmo Borges de Souza, diretora médica da Clínica Fertipraxis e Presidente da REDLARA – Rede Latino-americana de Reprodução Assistida. A médica explicou
que as consequências da contaminação por covid-19 em mulheres grávidas, dependem de alguns fatores, entre eles o tempo de gestação. “No segundo e no terceiro trimestre, ou seja, da metade em diante da gravidez a coisa muda um pouquinho, principalmente se essa grávida têm algum tipo de comorbidade como: diabetes, hipertensão arterial, uma doença auto-imune ou obesidade. Grávidas de último trimestre com comorbidades, poderiam apresentar, em caso de covid, riscos maiores e a necessidade de uma assistência muito maior”, destacou.
Em relação ao adiamento da gravidez e o fato de haver muitas mulheres lutando contra o relógio biológico, a Dra. Maria do Carmo lembrou que muitos casais e mulheres com problemas, sejam eles por causa da idade ou por causa do relógio biológico, podem apostar no congelamento dos óvulos ou no congelamento dos embriões como alternativa para adiar a gravidez até o fim da pandemia.
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