Clínica Fertipraxis - Chocolate na gravidez e seus mitos e verdadesPara tudo, há mitos e verdades. Portanto, não poderia ser diferente quando o assunto é “chocolate na gravidez”. De acordo com especialistas, se a saúde estiver em ordem, um pedaço de chocolate de vez em quando não fará mal. Mas se você está grávida, é necessário tomar alguns cuidados antes de comer. Abaixo, veja o que é mito e o que é verdade sobre o “chocolate na gravidez”.

– Comer chocolate na gravidez faz mal.
Comecemos pelo início. Se o chocolate faz mal à gestação, isso depende. O chocolate é um alimento calórico, com alta concentração de açúcar e gordura. Devido a isso, gestantes com sobrepeso ou obesidade devem evitar consumir chocolates. Outro problema do chocolate é o fato de poder virar um agravante para gestantes com tendência a diabetes gestacional. Por outro lado, se você está grávida e não se encaixa em nenhum dos grupos acima, o chocolate está liberado. Mas não exagere: o ideal é comer, no máximo, um bombom por dia.

– Chocolate pode provocar azia e enjoo.
Sim, é verdade. O chocolate, como já dito, tem açúcar e gordura em excesso, que podem ser responsáveis por provocar azia e enjoo. No caso, açúcar causa fermentação, o que potencializa a típica acidez gástrica da gravidez. Enquanto que o alto teor de gordura relaxa o esfíncter do estômago e favorece o enjoo. Importante ressaltar que esses problemas não devem servir de preocupação, pois apenas ocorrem se a pessoa já tiver uma pré-disposição. Ou seja, muitas gestantes não sentem absolutamente nada na gravidez – nem azia, em enjoo.

– Quando a mãe come chocolate, o bebê gosta.
Eis um mito. Realizado pela Universidade de Helsinki, na Finlândia, um estudo sugeriu que as grávidas que consomem chocolate ao longo dos nove meses podem ter crianças mais felizes. Os pesquisadores indicaram que os elementos químicos encontrados no chocolate podem chegar ao bebê na gestação. Mas de acordo com especialistas, a serotonina (hormônio do bem-estar) ativada por chocolate não atravessa a placenta. Logo, conclui-se que a mãe pode ficar feliz ao consumir chocolate, mas não o bebê (ao menos ainda não foi comprovado).

– O consumo do chocolate meio amargo é melhor.
Outra verdade. O chocolate meio amargo tem mais concentração de cacau e, consequentemente, tem melhor propriedades nutricionais. Isso ocorre porque o cacau é rico em antioxidante (substância que ajuda na manutenção da saúde). Os chocolates meio amargo possuem entre 40% e 50% de cacau – mas já há no mercado produtos com até 90% de cacau. Além do mais, o chocolate mais amargo têm menos açúcar, gordura e leite em sua composição – a exceção é o chocolate meio amargo branco, que é bem mais gorduroso do que os demais.

– Consuma o chocolate diet, é melhor do que o normal.
Mito. Muitos pensam que, ao consumir chocolate diet, não engordará. Porém, estão enganados. O chocolate diet não possui açúcar em sua composição, só que é tão calórico quanto é o chocolate ao leite. Inclusive, talvez para surpresa de muitos, podem ser mais gordurosos. Isso acontece porque a diminuição do açúcar necessita ser compensada de alguma forma para que o chocolate tenha um sabor mais atrativo. Em todo caso, sempre leia os rótulos dos chocolates.

– Dá para amenizar os danos causados pelo chocolate.
Mais uma verdade. Mas como amenizar esses danos? Por exemplo, quando a fome chega de repente no meio da tarde, não pense em pegar uma barra de chocolate na gaveta do armário – o que você acabaria devorando em minutos. O melhor momento para comer um pedaço de chocolate diariamente é depois das refeições principais (almoço e jantar), pois a fome está controlada. E não esqueça de comer alimentos que sejam fonte de fibras. As fibras melhoram o trânsito intestinal e ainda impedem a absorção de carboidratos do chocolate.