Grávidas ficam mais vulneráveis às infecções respiratórias,
devido às alterações fisiológicas
A relação entre gravidez e Covid-19 ainda é um tema que gera muitas dúvidas. Devido às alterações fisiológicas enfrentadas na gravidez, as mulheres nesta situação podem ficar mais vulneráveis às infecções respiratórias. Elas são consideradas um grupo que precisa de atenção especial, afinal de contas, estamos falando de dois seres, o binômio mãe-bebê.
O entendimento da doença Covid-19 na gravidez evoluiu de forma rápida e é possível traçar um panorama com alguns pontos defendidos claramente. Segundo o médico diretor do Centro de Reprodução Humana Fertipraxis, Marcelo Marinho de Souza, até o momento, por exemplo, “a chance de o vírus causar malformação para o feto é inexistente”.
Outros pontos estão claros, como o fato de a taxa de transmissão mãe-bebê, intra-útero ou no parto/amamentação ser extremamente baixa. Em relação a pacientes homens infectados, um estudo recente não demonstrou a presença do vírus no sêmen e outros, ainda, identificaram anticorpos IgG no sangue de recém-nascidos de mulheres que tiveram Covid, o que sugere ser proteção vinda da mãe.
Sobre a vacinação em gestantes, puérperas e lactantes, o Ministério da Saúde afirma que ela deve ser recomendada, mas é preciso evitar a vacina Oxford/Astrazeneca, suspensa no país nesse grupo de pacientes, no momento.
Para Marcelo Marinho de Souza, mesmo que os dados sobre a evolução da Covid-19 na gestação ainda não sejam definitivos, são mais consistentes do que há 1 ano. “Assim, novas recomendações podem surgir com o transcorrer do tempo”, avalia.
Ele alerta sobre a importância de que todas as mulheres que planejam engravidar, ou mesmo as que estão em tratamento para isso, sejam vacinadas. “As principais entidades médicas mantêm e reforçam as recomendações de prevenção, como o distanciamento social, higienização das mãos e uso de máscaras.”
O assunto foi destaque no Portal Macetes de Mãe devido às perguntas frequentes sobre a relação entre gravidez e Covid-19.
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